domingo, 22 de julho de 2018

A técnica da colagem como ferramenta expressiva em educação


                                          

Descobri a técnica da colagem intuitivamente, por volta dos 25 anos de idade, sem ter demonstrado qualquer aptidão artística na infância ou adolescência. A expressão artística do recortar e colar surgiu, espontaneamente, da necessidade de superar um momento difícil de minha vida. 

Recortando figuras de revistas, desconstruindo cenas cotidianas, montando novas realidades em composições artísticas simples, compulsivamente naquele momento, recriei meu mundo, encontrei um caminho e, a partir daí, contei também com apoio profissional terapêutico.



“Colagem é a transfiguração de todas as coisas e seres, em uma mudança de significado.” (Max Ernst / 1891-1976 – pintor surrealista alemão).   

Convidado a dar aulas e a contar minha experiência no curso de pós-graduação em Arteterapia, da Unip, como autodidata, julguei necessário adquirir experiência de campo realizando oficinas, a maioria delas de forma voluntária, com os mais diferentes públicos, sobretudo crianças de escolas públicas, incluindo o contato com uma grande gama de deficiências físicas e mentais. Além de me tornar um artista plástico, e de ter meus quadros publicados em cerca de dez livros didáticos, de 2006 a 2018 realizei oficinas de colagem para mais de 25 mil pessoas.



Vejo as revistas como catálogos universais da vida em sociedade. Ao permitir a escolha aleatória de imagens cotidianas retiradas de revistas, desde que proporcionado um ambiente lúdico e afetivo, o inconsciente tende a se expressar livremente dando vazão às principais urgências do conteúdo emocional do indivíduo. 

“Um dos aspectos mais importantes da colagem está em abrir amplíssimas possibilidades de manifestação artística sem exigir a aprendizagem de técnicas delicadas e complexas como todas as formas de arte tradicional do ocidente: pintura, escultura, gravura, desenhos, etc. A colagem tem, assim, o caráter de um meio mais democrático de criação artística, aberto a todos sem exceção. É também democrático por não exigir obrigatoriamente o emprego de materiais de alto preço, como as formas mais tradicionais de expressão artística.¨ (Mário Schemberg / 1940-1990 / físico, político e crítico de arte brasileiro). 



Em sala de aula, a colagem, além de trabalhar a coordenação motora, estimular a criatividade e ressaltar a importância do reaproveitamento de materiais, possibilita aos educadores um meio eficaz de contato com a realidade do aluno de forma simbólica mais profunda. Oportuniza, também, a identificação antecipada de possíveis dificuldades nas áreas cognitiva e afetiva que poderiam colocar em risco o bem-estar da criança, se não houver um encaminhamento mais rápido e efetivo de cunho preventivo.



Tudo aquilo que faz parte do nosso dia a dia está presente nas revistas, já pronto e à disposição, mesmo que de forma simbólica. E é o símbolo, justamente, que pode fornecer a chave para a compreensão, encaminhamento e tratamento de possíveis dificuldades de aprendizado identificadas em sala de aula, das mais simples às mais complexas. 

“A imaginação simbólica é sempre um fator de equilíbrio. O símbolo é concebido como uma síntese equilibradora, por meio da qual a alma dos indivíduos oferece soluções apaziguadoras aos problemas”. (Gilbert Durand / 1921 -2012 / professor universitário francês reconhecido por seus trabalhos sobre o imaginário e mitologia).



Silvio Alvarez – artista plástico paulistano, autodidata, dedica-se à técnica da colagem desde 1989. O artista produz em um processo inteiramente manual.  As imagens são recortadas de revistas, uma a uma, sem que sejam multiplicadas ou ampliadas, para compor um mundo novo, mágico e surreal. Criador do projeto Artistas do Futuro, realiza oficinas para públicos de todas as faixas etárias, nas quais, sempre de forma lúdica, aliando conceitos de arte – criatividade – sensibilidade – conscientização ambiental, busca ressaltar o potencial criativo do ser humano. 

Contato Silvio Alvarez
silvioalvarez@uol.com.br  (11) 97119-9050
www.silvioalvarez.com.br 

Lidia Lacava e Silvio Alvarez realizam no SIEEESP o curso FERRAMENTAS DE SUPORTE PARA O DIAGNÓSTICO DE DEFICIÊNCIAS, DISTÚRBIOS OU SÍNDROMES UTILIZANDO A TÉCNICA DA COLAGEM





No dia 19 de julho de 2018, das 8 às 17 horas, ao lado da psicopedagoga e arteterapeuta Lídia Lacava, realizei o curso FERRAMENTAS DE SUPORTE PARA O DIAGNÓSTICO DE DEFICIÊNCIAS, DISTÚRBIOS OU SÍNDROMES UTILIZANDO A TÉCNICA DA COLAGEM, na sede do SIEEESP – Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino do Estado de São Paulo.



Sou artista plástico autodidata e escolhi (ou fui escolhido) pela arte da colagem, intuitivamente, ao superar um momento difícil de minha vida. A partir de 2006 comecei a realizar oficinas de arte para os públicos mais variados, sobretudo crianças de escolas públicas, somando mais de 25 mil pessoas até o momento. Em 2008 passei a dar aulas na pós-graduação em Arteterapia da Unip, curso coordenado por Patrícia Pinna Bernardo, e a buscar experiência de campo realizando oficinas voluntárias para públicos com deficiência.



No curso, realizado no SIEEESP, a partir da minha história de vida e da experiência adquirida nas oficinas de colagem realizadas Brasil afora, busco demonstrar o potencial da colagem no auxílio do diagnóstico para encaminhamento das mais variadas deficiências ou dificuldades sociais e de aprendizado. Apresento também um resumo da História da Collage, uma grande variedade de aplicações da técnica em sala de aula e cada participante ainda produz três trabalhos com recortes de revistas.




O curso foi realizado em parceria com a psicopedagoga e arteterapeuta Lidia Lacava, que apresentou as especificidades técnicas do emprego da expressão artística da colagem em sala de aula.



Em sala de aula, a colagem, além de trabalhar a coordenação motora, estimular a criatividade e ressaltar a importância do reaproveitamento de materiais, possibilita aos educadores um meio eficaz de contato com a realidade do aluno de forma simbólica mais profunda. Oportuniza, também, a identificação antecipada de possíveis dificuldades nas áreas cognitiva e afetiva que poderiam colocar em risco o bem-estar da criança, se não houver um encaminhamento mais rápido e efetivo de cunho preventivo.





Tudo aquilo que faz parte do nosso dia a dia está presente nas revistas, já pronto e à disposição, mesmo que de forma simbólica. E é o símbolo, justamente, que pode fornecer a chave para a compreensão, encaminhamento e tratamento de possíveis dificuldades de aprendizado identificadas em sala de aula, das mais simples às mais complexas. 

Agradeço a Lidia Lacava pela confiança e oportunidade de parceria, às alunas desta primeira turma e à toda equipe SIEEESP por todo o suporte e carinho da acolhida!



Leia também o artigo A técnica da colagem como ferramenta expressiva em educação http://silvioalvarez.blogspot.com/2018/07/a-tecnica-da-colagem-como-ferramenta.html

Silvio Alvarez – artista plástico paulistano, autodidata, dedica-se à técnica da colagem desde 1989. O artista produz em um processo inteiramente manual.  As imagens são recortadas de revistas, uma a uma, sem que sejam multiplicadas ou ampliadas, para compor um mundo novo, mágico e surreal. Criador do projeto Artistas do Futuro, realiza oficinas para públicos de todas as faixas etárias, nas quais, sempre de forma lúdica, aliando conceitos de arte – criatividade – sensibilidade – conscientização ambiental, busca ressaltar o potencial criativo do ser humano. 

Contato Silvio Alvarez
silvioalvarez@uol.com.br (11) 97119-9050
www.silvioalvarez.com.br                                 

segunda-feira, 2 de julho de 2018

Patrícia Pinna e Silvio Alvarez realizam o curso Arteterapia, Colagem e Mito Pessoal na pós-graduação em Mitologia Criativa da UNIP Paraíso e na pós-graduação da UNIP Brasília





No dia 30 de junho de 2018 realizei, com a Profa. Patrícia Pinna Bernardo, o curso Arteterapia, colagem e mito pessoal: as narrativas da alma, na pós-graduação em Arteterapia da UNIP Paraíso, em São Paulo . 


Patrícia Pinna Bernardo e Silvio Alvarez

O curso traz os fundamentos da Arteterapia de base junguiana, o recurso da colagem: história, técnica e aplicações, mito pessoal e criação narrativas e a colagem como recurso em Arteterapia.



O curso também foi realizado na pós-graduação em Arteterapia da UNIP Brasília – DF, no dia 9 de junho de 2018. 



Conheci Patrícia Pinna Bernardo em 2004, apresentada por uma amiga em comum que desejava me mostrar a colagem que a arteterapeuta havia produzido em seu piano. Foi Patrícia que me revelou que a técnica da colagem havia servido como forma de expressão intuitiva e que havia me auxiliado na cura de um processo depressivo (Arteterapia).  



Em 2008, a Profa. Patrícia Pinna Bernardo me convidou para dar aulas na UNIP Paraíso, que prosseguem até hoje. As alunas da pós-graduação em Arteterapia da UNIP têm, durante todo o curso, duas aulas de colagem com Silvio Alvarez.   





Além de professor da pós-graduação em Arteterapia, coordenada por Patrícia Pinna Bernardo, criamos e realizamos em conjunto o curso Arteterapia, colagem e mito pessoal: as narrativas da alma. A ideia é que o curso viaje por todo o país. 

No curso, além da parte teórica, busco transmitir todas as informações técnicas para a produção de colagem, do básico ao avançado, incluindo perspectiva. Durante o curso, cada participante produz um quadro de colagem sobre papel cartão.





Contato com Patrícia Pinna Bernardo 
pat.pinna@uol.com.br
(11) 99136 4430
http://patriciapinna.blogspot.com/

Contato com Silvio Alvarez
silvioalvarez@uol.com.br
(11) 971199050
http://www.silvioalvarez.com.br/