sexta-feira, 29 de junho de 2012

A poesia da colagem


Hoje quero compartilhar com vocês uma poesia que me foi enviada pela artista plástica Vera Regina Mata, do Rio Grande do Sul. 

A poesia, de autoria de Hélio Souza, natural de Bagé – RS, que fala da colagem com enorme ternura, consegue retratar fielmente a essência dessa expressão artística que tem conquistado o coração das pessoas, artistas e não artistas, mais e mais a cada dia.

Tomei a liberdade de ilustrar o poema de Hélio Souza com o meu quadro “Recanto”. 



 
   Colagem, trabalho maravilhoso,
que traz, para qualquer idade,
a paz, a alegria, a felicidade
de um fazer lúdico e prazeroso.
Basta papel, jornais, revistas,
cola e um pouco de inspiração
para que de cada coração
brote a chama luminosa do artista.
E a criação começa, aos pouquinhos,
olhos atentos, tesoura cuidadosa,
recortando fatos, fotos, vagarosa,
medindo, colando, com carinho.
Com paciência, atenção, quase ternura...
Assim é que se faz uma colagem,
criação, construção, reciclagem,
uma linda, fascinante,  arquitetura.
Assim, tudo vai se transformando.
Cada imagem construída
é um pedaço de vida,
que o amor vai desenhando.
E eis da obra o real valor,
a razão de tanto cuidado:
em cada papel que é colado
vai um pouquinho do criador.

2 comentários:

  1. Que delicadeza, parabéns prezada poetiza, parabéns eterno inspirador...abraço grande, Analucia Toledo.

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  2. Pacientemente
    o criador se recria
    em cada imagem que vai construindo

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