sexta-feira, 11 de novembro de 2016

Oficinas de colagem do Projeto Artistas do Futuro 2016, com Silvio Alvarez, atendem 1.700 crianças dos 3° anos da rede pública de ensino de Araçatuba.




O Projeto Artistas do Futuro 2016, criado e executado pelo artista plástico Silvio Alvarez é um projeto realizado por intermédio da Lei de Incentivo PROAC – ICMS, Secretaria de Cultura – Governo do Estado de São Paulo, com patrocínio de Lojas Tanger, MarGirius e Movéis Província, gestão cultural da Gaia Brasil  e captação da LS Nogueira. 



Ao todo, o Projeto Artistas do Futuro 2016 atendeu 3.700 crianças da rede pública de ensino em quatro cidades do Estado de São Paulo: São José do Rio Preto, Araçatuba, Porto Ferreira e Guapiaçu.
A segunda etapa do Projeto Artistas do Futuro 2016 ocorreu de 14 a 26 de agosto em todas as escolas de ensino fundamental da rede pública de ensino de Araçatuba, com total apoio da Secretaria Municipal de Educação. Foram atendidos todos os alunos dos 3° anos do ensino fundamental das escolas municipais, totalizando 1.704 crianças. 

 Acompanhado pela coordenadora de artes da Secretaria de Educação, Valdirene de Lima, durante 10 dias, percorri todas as escolas municipais de ensino fundamental realizando as oficinas do Projeto Artistas do Futuro. 



Com o Secretario de Educação de Araçatuba, Luiz Carlos Custódio, 
e Eliane Terence, Diretora do Depto. de Educação



Com Valdirene de Lima, coordenadora de artes da rede municipal de ensino 

Na segunda semana do Projeto realizei palestra para cerca de 250 professores de arte da rede pública de ensino, além de ministrar outras palestras - oficinas em reuniões de professores em 3 escolas. 





Também foram realizadas oficinas em Escola Estadual do bairro São José e no Centro Comunitário Antonio Villela.




No dia 22 de agosto concedi entrevista na Rádio Cultura FM de Araçatuba, onde pude falar com mais detalhes sobre o projeto, apresentando seus patrocinadores. 



Foi muito bom poder percorrer toda a cidade de Araçatuba e realizar oficinas em todas as escolas, tomando contato com dezenas de diretores, coordenadores e professores. Foram escolhidos os 3° anos pela compatibilidade com a quantidade de alunos e pela idade, 8 anos, a meu ver a faixa etária que mais demonstra assimilar o conteúdo apresentado pelo Projeto.





Sempre por intermédio de dinâmicas lúdicas, inicio a oficina debatendo com os alunos sobre o porquê do homem das cavernas já rabiscar paredes, para concluirmos juntos que a arte já nasceu com o ser humano e que faz parte de nossa essência assim como todos os outros instintos básicos. 




Abordo também que a arte nos oferece a sensibilidade para que consigamos enxergar, de fato, as belezas do mundo e da vida. Demonstro que com sensibilidade, adquirida com o fazer artístico já nos primeiros anos da escola, nos tornamos seres humanos melhores, compreendendo melhor o outro. 

Falo também da importância da arte para o desenvolvimento da criatividade, cada vez mais essencial em nossa existência. Disse aos alunos que com a criatividade, adquirida com a prática artística, conseguiremos encontrar soluções para os nossos problemas, da nossa cidade, do nosso país, e do mundo todo. 

Além disso, também por intermédio de dinâmicas lúdicas, mostro que arte nos permite externar nossas emoções, o que nos traz melhor qualidade de vida. 




Depois de falar a respeito da importância da arte em nossas vidas, apresento aos alunos cinco obras de artistas célebres: Mona Lisa - Leonardo da Vinci, O Retrato de Dora Maar – Pablo Picasso, Morro da favela – Tarsila do Amaral, Barco com bandeirinhas e pássaros – Alfredo Volpi e Meninos brincando – Cândido Portinari.  



Conto sobre a vida dos seus autores para na sequência propor que os alunos produzam uma colagem em papel cartão colorido 15 x 15 cm - 240 gramas.  O participante escolhe um dos quadros mencionados, aquele com que mais se identifica, recebe uma reprodução fotográfica da obra escolhida, 15 x 10 cm em papel couchê e busca em revistas usadas imagens com o conceito a ser alcançado em sua releitura.  





Como nasceu o Projeto Artistas do Futuro?

Há alguns anos tomei contato com o trabalho desenvolvido pela professora de artes Simone Santiago, da rede pública de ensino do Rio de Janeiro. Na ocasião a professora desenvolveu com seus alunos a proposta de releituras digitais de obras célebres. Foi o trabalho da professora Simone que me trouxe a inspiração para a criação do projeto Artistas do Futuro.  

Na mesma época, ao realizar uma oficina para professores, uma delas desenvolveu um trabalho na linha da pop art e quis saber mais do se tratava, pois desconhecia o movimento artístico. 
Raciocinei a respeito da realidade brasileira no ensino da arte e, apesar do esforço de muitos professores, concluí que a grande maioria dos alunos chega ao ensino médio e à idade adulta desconhecendo a existência e a importância da Mona Lisa, por exemplo. 





Mais do que erudição a arte referencia a criança a enxergar o mundo com sensibilidade, a raciocinar, a criar, a desbravar horizontes além daqueles referenciados pelos seus pais ou por seu meio social e cultural.   





A partir dessas inspirações criei o Projeto Artistas do Futuro, desenvolvido em escolas públicas brasileiras com apoio espontâneo de empresas ou por intermédio de Leis de Incentivo. Voltado a crianças e jovens, da pré-escola ao ensino médio, o projeto acontece nas próprias salas de aula. Em uma oficina com duração de duas horas, com público médio de 30 alunos, apresento 5 obras célebres e proponho a seguir a produção de releitura em colagem de uma das obras, empregando recortes de revistas e uma reprodução fotográfica do quadro escolhido. 




  
Muito se questiona a validade de se propor a produção de releituras no ensino da arte. Acredito que o que pode fazer total diferença é a forma e a profundidade com que se apresenta a obra ao aluno previamente. Na apresentação das obras, opto sempre pelo caminho da ludicidade, seja qual for a faixa etária do aluno. A meu ver a arte deve referenciar a criança ou o jovem estando relacionada a algo prazeroso, divertido. Vejo também que, quando não há o estudo da arte com profundidade no currículo regular, a releitura oferece a oportunidade de se tomar contato com a arte de forma mais próxima, rompendo fronteiras, distanciando o aluno do conceito de que arte é para poucos e que deve permanecer inviolável entre as paredes dos museus. 





Nas oficinas do projeto Artistas do Futuro, antes de apresentar as obras e seus autores, procuro transmitir conceitos que contextualizam a arte no dia-a-dia de todo ser humano. Sempre por intermédio de dinâmicas lúdicas, questiono o porquê do homem das cavernas já rabiscar paredes, apresento a arte como um dos meios de sensibilização e do desenvolvimento da criatividade, trato também da arte antes e depois da fotografia, além de outros conceitos que possam aproximar a expressão artística do cotidiano do aluno. Na pré-escola ainda cito os vários tipos de arte que existem. 

Creio que o mais importante neste processo da releitura é a possibilidade do contato do aluno com o universo criativo de cada artista. Sem falar, é claro, na conscientização ambiental, ao estimular a reciclagem dos materiais por meio da técnica de colagem, reaproveitando revistas usadas.  





Cerca de 12 mil crianças e jovens já participaram das oficinas do projeto Artistas do Futuro e o resultado é sempre maravilhoso. Os alunos se divertem a valer e trazem o seu cotidiano para as composições. Para os professores das salas atendidas abre-se um caminho gigante de pesquisa para as aulas em praticamente todas as disciplinas. 





Em 2016, o projeto, por intermédio da lei de incentivo PROAC – ICMS – Governo do Estado de São Paulo – Secretaria de Cultura, os patrocinadores foram Lojas Tanger, Móveis Província e MarGírius.  

Para prosseguir, o projeto Artistas do Futuro necessita sempre do apoio de empresas ou pessoas interessadas, que podem ocorrer de forma espontânea ou por intermédio de leis de incentivo. Entre em contato e tenha maiores informações. silvioalvarez@uol.com.br 

Secretarias de Educação ou escolas interessadas em receber o projeto podem entrar em contato pelo e-mail silvioalvarez@uol.com.br  informando os locais a serem atendidos, a quantidade de alunos e o período do ano mais apropriado para realização. 

Em 2015, de forma espontânea, quem abraçou o projeto foi a Henkel (colas Pritt e Cascorez), por intermédio do Programa Make an Impact on Tomorrow – MIT, de sua matriz na Alemanha. 

Em 2016, o projeto, por intermédio da lei de incentivo PROAC – ICMS – Governo do Estado de São Paulo – Secretaria de Cultura, os patrocinadores foram Lojas Tanger, Móveis Província e MarGírius.  

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