Criei a série de posts Arte e conscientização ambiental - Arte e reaproveitamento para localizar e citar artistas que têm o reaproveitamento como caminho natural em seu processo criativo.
A primeira a ser citada foi a artista plástica catarinense Eli Heil. http://silvioalvarez.blogspot.com.br/2012/11/arte-e-conscientizacao-ambiental-arte.html
Havia tomado contato com o trabalho de Hélio Leites em duas ocasiões, em 2010, quando realizei oficinas para os artesãos licenciados de Curitiba, e mais recentemente por indicação da Profa. Tânia, quando realizei oficinas na Universidade Estadual de Maringá. Contudo, ainda não tive a oportunidade de conhecê-lo pessoalmente.
Sugiro aos professores de artes de todo o Brasil que procurem conhecer mais sobre o trabalho de Leites e que o apresentem aos seus alunos. Acreditem, será uma festa!
Hélio Leites – “O significador de insignificâncias”.
José Hélio Silveira Leites nasceu no dia 21 de janeiro de 1951, na Lapa, Paraná, cidade a 62 km de Curitiba. Passou a infância em Apucarana, e morou também em São Paulo, Campinas e Rio de Janeiro. Hoje reside em Curitiba, no bairro do Pilarzinho.
Formado em economia, trabalhou como bancário por 25 anos, no Banco do Estado de São Paulo. Em certo momento, decidiu por algo mais prazeroso e condizente com sua vocação, deixou o banco e montou uma barraca na tradicional Feira Garibaldi, mais conhecida como Feira do Largo da Ordem, no centro histórico da capital paranaense.
“Acha que Deus faria uma máquina que nem essa, que pisca, que ri, que chora, para ficar carimbando cheque devolvido de uma pessoa que você não conhece? Achei que Deus tinha reservado uma coisa melhor pra mim”.
“Quem está desempregado é porque está procurando no lugar errado.”
“Fazer o que a gente não gosta é o pior desemprego do mundo”.
Vídeo realizado em parceria: Casa da Videira, Projeto Olho Vivo e Canal Futura.
Com o objetivo de manter contato com os artistas locais, cursou xilogravura, monotipia, cerâmica, desenho, colagem, e frequentava galerias de arte.
“A Feira é uma forma de eu conversar com a cidade”.
“O meu retorno na Feira é quando a pessoa passa na frente da minha barraca, está triste e sai alegre”.
Naturalmente, seguiu o caminho de miniaturista. Produz peças meticulosas a partir do reaproveitamento de toda a sorte de materiais, como um botão, uma lata de sardinha, um palito de sorvete ou uma casca de pinhão.
“Faço miniaturas para que não se perca a essência da proporção”.
Ao pesquisar na internet é possível encontrar uma gama infinita de denominações para Hélio Leites: button-maker-peformer-graphic-designer-multimidia-man, profeta, louco, anarquiteto do sonho, poeta, filósofo popular, artista plástico, artesão, multiartista, miniaturista e contador de histórias, entre tantos outros.
A denominação mais célebre, porém, partiu do poeta curitibano Paulo Leminski, em artigo publicado no dia 29 de março de 1986: "Hélio Leites, o significador de insignificâncias”.
Ao pesquisar na internet é possível encontrar uma gama infinita de denominações para Hélio Leites: button-maker-peformer-graphic-designer-multimidia-man, profeta, louco, anarquiteto do sonho, poeta, filósofo popular, artista plástico, artesão, multiartista, miniaturista e contador de histórias, entre tantos outros.
A denominação mais célebre, porém, partiu do poeta curitibano Paulo Leminski, em artigo publicado no dia 29 de março de 1986: "Hélio Leites, o significador de insignificâncias”.
Dona Maria Emília, sua mãe, sempre recomendou: todas as coisas úteis encontradas devem ser guardadas e reutilizadas. Ele levou a recomendação muito a sério!
“O mundo foi que decidiu que eu iria contar histórias. Contar história é a profissão mais antiga do mundo”.
Hélio Leites em contação de histórias na Escola Municipal Padre Colbachini, no bairro Butiatuvinha, em Curitiba.
Mais frases de Hélio Leites
“Sabe quando a gente cai do cavalo na vida? Quando a gente acredita 51% nos outros e 49% na gente”.
“Às vezes não é a vida que está errada, é o seu slogan que está errado”.
“Não se preocupe com o caminho, cuide do sonho – O sonho inventa o caminho”
“Tristeza é a falta de alegria”.
“Eu não quero mudar a História da Humanidade, só quero deixar ela com um discurso a mais”.
Adalice Araújo, em seu Dicionário das Artes Plásticas do Paraná, menciona o trabalho de Hélio Leites: “Em suas experiências com Box Art, pode-se afirmar que pela primeira vez na história da Arte Brasileira um artista consegue propor uma pop art nacional e paranista. Sem copiar os estereótipos do primeiro mundo e sem cair tampouco no folclore, inova com elementos do cotidiano e do imaginário imbuídos de uma síntese histórica, antropológica e psicológica do nosso dia a dia. Suas obras superam a atitude lúdica para serem icônicas e inquisitivas e, com suas aparentes brincadeiras, fazem sérios questionamentos filosóficos e culturais.”
Onzimo Mandamento
Neste albergue universal que é o coração humano a todos abro minhas portas, seguindo o aprendizado que o onzimo mandamento nos proporciona: "suportai-vos uns aos outros".
Não se pode ignorar a erisipela pessoal que é a migração espontânea. Se você não está feliz no lugar onde está, venda suas quinquilharias e garre rumo. Vá ganhar sofrimento mundo afora, vá conhecer novas pessoas, pra dar valor às que você tinha e não conseguiu enxergar. Se não viajou pra dentro da xícara, isto é pra dentro de você, não existe lugar no mundo que te caiba, pois nada mais somos que vasilhas de nós mesmos. Não é o enxoval que faz a felicidade de um casal, é o propósito do movimento. O interesse secular de que as pessoas tenham que se juntar para procriar, estabelecer uma família , vem aos poucos, revelando que novas formas de sobrevivência são possíveis. Mas sem envolvimento mental a vida vira um descuido a varejo, onde o preço já não importa e sim o gosto exótico da fruta. Quem precisa paga quem não tem rouba, não importa de quem, muitas vezes de si próprio. 22/8/2012 - Hélio Leites
Onzimo Mandamento
Neste albergue universal que é o coração humano a todos abro minhas portas, seguindo o aprendizado que o onzimo mandamento nos proporciona: "suportai-vos uns aos outros".
Não se pode ignorar a erisipela pessoal que é a migração espontânea. Se você não está feliz no lugar onde está, venda suas quinquilharias e garre rumo. Vá ganhar sofrimento mundo afora, vá conhecer novas pessoas, pra dar valor às que você tinha e não conseguiu enxergar. Se não viajou pra dentro da xícara, isto é pra dentro de você, não existe lugar no mundo que te caiba, pois nada mais somos que vasilhas de nós mesmos. Não é o enxoval que faz a felicidade de um casal, é o propósito do movimento. O interesse secular de que as pessoas tenham que se juntar para procriar, estabelecer uma família , vem aos poucos, revelando que novas formas de sobrevivência são possíveis. Mas sem envolvimento mental a vida vira um descuido a varejo, onde o preço já não importa e sim o gosto exótico da fruta. Quem precisa paga quem não tem rouba, não importa de quem, muitas vezes de si próprio. 22/8/2012 - Hélio Leites
O que é tristeza pra você? - Hélio Leites
Hélio Leites no programa Provocações
Fontes de pesquisa:
O Botão
Unidos do Botão – Flickr
Pasquim Cultural – Artigo de Henrique Luiz Fendrich
Um multiartista a procura de uma tese – Alfredo Braga
Blog do Simão Pessoa
http://simaopessoa.blogspot.com.br/2009/05/recordando-um-maluco-beleza.html
Blog da Vivire
Linguagem Pop
Conexão Cultural
Um Novo Olhar sobre Hélio Leites – Gazeta do Povo
Pequenas Grandezas – Yahoo Brasil
Experimente ser criativo
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